No ritmo do verão, Jalmy lança EP que mistura baianidade e influências latinas.

 Em fusão de ritmos, artista explora sensações, gingado e regionalidade no seu segundo álbum “Movimento vol. II”


Crédito: Jailton Souza

O suingue da música baiana com a batida caliente de ritmos latinos marcam o trabalho artístico do cantor, compositor e violonista Jalmy (@jalmy_), que lançou seu segundo EP “Movimento vol. II”ontem (16 de janeiro de 2024). Como o próprio nome sugere, o álbum que conta com 6 faixas, convida o público a mexer o corpo e se deixar levar pelas batidas envolventes, além de expressar sensorialmente a energia, suingue e costumes do verão baiano. OUÇA NO SPOTIFY


Nesse trabalho, Jalmy consolida sua identidade musical afrolatina, reunindo a fusão de ritmos baianos como o pagodão, samba-reggae e arrocha com beats e influências do reggaeton, salsa e cumbia. A mistura rítmica dançante e sedutora vem acompanhada de letras e símbolos imagéticos que carregam uma profusão de cores, texturas, aromas e sensações, típicos de suas regiões de origem. O álbum tem produção musical assinada por Marcos Cuper e produção executiva da Coliga Produções. 


Expoente na cena independente baiana, Jalmy completa 15 anos de carreira em 2024, atuando como cantor, compositor, produtor e  instrumentista, sendo que há 3 anos tem se dedicado à sua carreira solo. Idealizou o Baile de MOVIMENTO, que em 4 edições conquistou o público soteropolitano com um espaço que promove dança, diversão e o encontro de artistas independentes. O artista também faz parte do Duo BAVI, que já se apresentou no país Basco, Madri, Buenos Aires, Belo Horizonte, Brasilia e São Paulo, e festivais como o Radioca e Sonido.


Em Movimento vol. II, o artista dá continuidade ao prazer que descobriu na música em transbordar sensações e provocar aquela alegria genuína que surge no balançar dos corpos. Dessa forma, o artista compartilha com o público suas afetações a partir de sua musicalidade, aborda as diversas nuances das corporeidades, na relação com o sensorial, a sensualidade, o ritmo e os movimentos.


O EP abre com seu mais recente single “Tardezinha”, canção que embala a narrativa sobre um fim de tarde quente, intenso e cheio de dengo. Em seguida, somos transportados para um baile latino com a canção “Movimiento”, uma cumbia com beats e toques de berimbau que conta com os versos de Alexandre Marroquino. Já “Coisa de Sotaque” é marcado pelo suingue do pagodão baiano, com harmonias e melodias de fundo remetendo a salsa. Em “Rupiô”, Jalmy traz uma vibe mais melódica e romântica, que traduz o jeito nordestino de se expressar e conta com a participação de Aiyra, artista do Rio Grande do Norte, na voz e percussões. O clima de romance continua em “Na Boca da Noite”, uma balada com beats de ijexá e reggaeton e fecha com muita sensualidade com “Licor de Maracujá”, single já conhecido pelo público do artista e que mescla arrocha com brega funk.


“Esse diálogo entre a música baiana e latina já acontece há muito tempo, no som de Carlinhos Brown, Gerônimo e muitos outros nomes do arrocha, pagodão e axé. São gêneros musicais que historicamente nasceram de uma mesma origem: africana e indígena. As semelhanças são muitas e trago uma bem importante que é justamente o movimento dos corpos, da ginga, da roda, das relações com si e o coletivo. Uma fusão que pulsa e mexe com a gente, por isso quero realçar esse parentesco”, destaca Jalmy.


Ouça na sua plataforma preferidahttps://onerpm.link/MovimentoVol-II


Acompanhe em:

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Spotify: jalmy

Youtube: /@jalmy


Capa do EP que já está disponível nos Apps de áudio. 

Faixa a Faixa por Jalmy


1. Tardezinha (Visualizer) - A canção dialoga sobre se entregar aos sentidos, ao toque, ao afeto e a se mover com a batida. A sonoridade, que mistura influências baianas e latinas, embala a narrativa sobre um fim de tarde quente e intenso, cheio de dengo. Traz a imagem de um fim de dia preguiçoso, gostoso, suado, com mormaço, mas também recebendo um soprinho no cangote. 


2. Movimiento - essa música conta com os versos de Alexandre Marroquino e o ritmo é de cumbia 4 e 20, com muito dendê. Os ouvidos atentos podem identificar um sample de berimbau com efeitos, fazendo a base para nossa história. A música traz um quê de sensualidade, fala de movimento entre corpos, fazendo um convite para bailar, escutar a levada e sentir o beat.


3. Coisa de Sotaque - Aqui o sotaque referenciado é o groove do pagodão de Salvador. A música descreve todas as sensações e expressões dessa manifestação cultural afrobaiana, que quem conhece sabe, quando toca dá aquele rebuliço inconfundível. Além do pagode baiano, a influência de ritmos latinos convoca o corpo a responder a batida da música e meter dança.


4. Rupiô - é o que a gente fala quando vem aquela sensação, uma resposta na pele a algo que se sente, e aqui no Nordeste a gente tem esse jeito próprio de falar, “rupiô”. Pra acentuar o sotaque nordestino ainda mais, vem a parceria com Aiyra, artista do Rio Grande do Norte e que entrega voz e percussões para a faixa.


5. Na Boca da Noite - a música narra uma noite na praia, apreciando tudo que a natureza oferece, com a luz de uma lua cheia para iluminar tudo que possa acontecer. 


6. Licor de Maracujá - essa faixa já é conhecida pelo meu público, mas esta versão traz um detalhezinho a mais no final, pra quem estiver atento. Seguindo no mesmo estilo das letras mais calientes do ep, ela fala de um encontro, regado a licor de maracujá e carinho.

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