Inspirado na intimidade feminina, Cândido lança seu mais novo single "Preta"

Após o lançamento do EP Duo Ninho em maio deste ano, o cantor, compositor e produtor musical Cândido lançou na última sexta-feira (8), o seu novo single "Preta", que embarca na intimidade feminina como inspiração e conta com um videoclipe disponível em seu canal no YouTube. 


Capa do single “Preta”. Divulgação 

Intitulado "Preta", a canção possui um balanço romântico e envolvente, com influências da música neo africana e da nova MPB, resultando em uma combinação sonora cativante que convida a dançar e descreve em seu decorrer, um encontro amoroso entre duas pessoas revelando detalhes íntimos que transbordam afeto e sensualidade numa ótima sintonia. A música cria um belo cenário onde desta relação afro centrada, é possível capturar a essência e a riqueza de detalhes da sensualidade da mulher preta, como ponto de observação de seu par, que contempla e implora a consumação desse envolvimento.


Sobre o videoclipe:

Como argumento para trabalho audiovisual, que tem direção de fotografia de Heder Novaes e é estrelado pela dançarina, modelo e professora Nana Sarah, a "Preta" traz para o videoclipe a representação da mulher em sua vivência diária de autocuidado e afeto com seu próprio corpo, cabelo, pele e sua intimidade. Cândido reflete, em sua letra, a essência da mulher negra através dos detalhes que formam a sensualidade intima de cada uma, expondo em seus versos a importância de valorizar a beleza natural da mulher, a fim de estimular que homens e mulheres observem, através da música "Preta", a sexualidade com mais respeito e profundidade, importante para a existência de mulheres pretas que são historicamente tão objetificadas pela sociedade como um todo.


Por essa razão, Cândido apostou na figura de Nana Sarah como protagonista nesse lançamento, por entender que apenas a imagem da mulher preta estampada na capa, no clipe e em todo material de divulgação, tornaria a comunicação da sua obra mais efetiva. "Eu compreendo enquanto homem cis negro, que nós homens cis, temos uma dívida histórica com as mulheres negras, sobretudo as mulheres pretas retintas, e que é nosso dever enquanto artistas e pensadores desse novo tempo, valorizar e estimular novas práticas através da nossa escrita. Eu também sou pai de meninas e também sou professor, não há como não elencar isso na hora de falar sobre mulheres negras em minha obra!" conta Cândido, que nos convida a apreciar todo esse enredo. 

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