Stolen Byrds retorna de hiato com ‘Fam’, seu novo disco

Os paranaenses da Stolen Byrds estavam no auge no início de 2020. Na ativa desde 2012, recém haviam lançado o disco Wanderlust pela Sony Music e já tinham rodado o Brasil e a Europa tocando em festivais como DoSol, Locomotiva, Bem Ali e Resistência Pirata, além de terem dividido palco com Boogarins, Molho Negro, Sepultura, Criolo e Mano Brown. Então a pandemia veio. Obrigados a se recolher, os pássaros roubados foram morar juntos para gestar seu novo trabalho, o disco Fam, que agora vem ao mundo em 21/08.


Crédito: Lírica Aragão

Unidos como uma família nos últimos 3 anos, Edvvardes, Joho, AJ Filho e Morga montaram “Fam” como um recorte das experimentações diárias que nasceram durante esse período que dividiram um lar. Recheado de mensagens escondidas e brincadeiras particulares sobre o que viveram, o disco também é uma homenagem para suas famílias, de quem eles se afastaram durante a pandemia, para viverem juntos em prol da arte e da música. Na confessional Foi mal, Fam, que encerra o disco, Joho canta: 


It seems like a party time / My friends are all here / Some of them are getting high / And some wants to leave / Foi mal, fam. (Parece que é hora de festa / Meus amigos estão todos aqui / Alguns estão ficando chapados / E alguns querem ir embora / Foi mal, fam)”.


Nesse clima íntimo que mistura diversão nostálgica e preocupação com o futuro, a banda mescla inglês e português para falar de baques psicológicos, melancolia das relações, mundo pandêmico e pós pandêmico. As 8 faixas escolhidas, dentre as mais de 40 que nasceram nesse período, extrapolam as próprias referências do grupo. Resultando na mistura de rock psicodélico com rock de garagem, Fam é um trabalho genuíno, definitivamente Stolen Byrds.


Capa do álbum “Fam”. Divulgação 

A banda foi para o Estúdio Costella em março de 2022 para registrar as faixas, captadas por Alexandre Capilé (@capileh - @estudiocostella), que já produziu bandas como Vespas Mandarinas, Vivendo do Ócio, Violet Soda, Francisco el Hombre, entre outras. A mixagem foi feita à distância por Benke Ferraz (@benkeferraz), guitarrista e produtor dos goianos Boogarins.


“Os arranjos e a produção em si já tinham sido feitas pela banda, e o Capilé coproduziu em alguns momentos, nos orientando em performances de instrumentos e coisas do tipo. Ficamos uma semana lá, e esse processo trouxe para o registro um aspecto de garagem que queríamos, e que o Estúdio Costella traz. Depois enviamos as tracks pré-mixadas para o Benke, que trabalhou no material durante 6 meses. Ele trouxe o aspecto psicodélico que a gente queria, transformando as sombras dos instrumentos e os ruídos incidentais em parte da sonoridade final, construindo elementos e efeitos que gostamos tanto, que incorporamos até nas performances ao vivo dessas músicas” revela Edvvardes.


Completando o time de artistas envolvidos em “Fam”, RHR (@rhrmusiq) cuidou da masterização e Eduardo Costa Julio (@costajulior) deu vida à capa, retratando de forma lúdica a união da banda ao compor, de maneira sinestésica e sensorial, um disco multicolorido.


Dentre as curiosidades da gravação, estão as trocas de instrumentos entre os integrantes, que se revezaram para compor e gravar guitarras, baixos, sintetizadores e também para cantar as músicas. Joho, que até então só tocava guitarra, gravou todas as baterias do álbum. 


3 das canções já foram lançadas, como forma de presentear os fãs que ficaram tanto tempo sem novidades do grupo. A boa notícia é que agora eles não pretendem colocar o pé no freio, como conta Edvvardes: “ao longo da campanha do ‘Fam’ já vamos soltar novos materiais. O próximo disco já está sendo trabalhado, total homemade, captado e mixado pela banda. Então depois do ‘Fam’ a galera já pode esperar uma turnê e muito material novo”.



OUÇA “FAM”



Acompanhe: @stolenbyrds

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