Tai Veroto e Diego Antunes questionam sobre saúde mental em “Tô Bem”

Você está bem? Apesar do impulso cotidiano de responder essa pergunta positivamente, todo mundo sabe que essa não é uma questão assim tão fácil. Foi pensando sobre isso que os cantores e compositores Tai Veroto e Diego Antunes se uniram no single “Tô Bem”. A canção que questiona sobre saúde mental e autoconhecimento chega às plataformas de música nesta sexta-feira (26) e ganha, na mesma data, a partir da meia-noite, um visualizer carinhosamente apelidado de “dancealizer”, gravado na Praça Roosevelt, em São Paulo, que vai ao ar no YouTube de Tai Veroto.


Crédito: Bárbara Lins

A composição surgiu de uma proposta de Diego Antunes para que Tai o ajudasse a escrever e produzir, mas, aos poucos, a canção foi se tornando especial para os dois e aí surgiu a parceria. “A letra acabou refletindo bastante o que estamos vivendo atualmente e o que observamos das pessoas ao redor: toda essa dificuldade de lidar com o fato de não estar bem em um contexto social que cobra uma positividade emocional constante”, explica o cantor. “Acho que a mensagem que a letra passa é o questionamento: estamos realmente bem ao dizermos que estamos bem? É também um convite a refletir sobre os tempos atuais e o aumento exponencial de casos de ansiedade, depressão, burnout. O quanto nos permitimos não estar bem? O quanto nos permitimos viver nossas fossas e encarar que a vida não é só estar bem o tempo todo?”, pergunta o artista.


Capa do single. 

INSPIRAÇÃO

Tanto na composição da letra quanto na musicalidade, os artistas buscaram inspiração no álbum “Transa”, de Caetano Veloso. “É um trabalho que ambos adoramos. A partir daí trouxemos elementos marcantes do Transa: o violão de nylon, a crueza nos arranjos, a pouca quantidade de instrumentos e a repetição da letra. Não sei se ficou tão Caetano assim (risos). Acho que, no final, acabou soando um tanto mais Jorge Ben, talvez. Acabou indo para um caminho bem samba-rock que eu amei”, completa.


‘DANCEALIZER’

Já para acompanhar a música, o visualizer chega com uma ideia simples porém potente: dançar em um espaço público e convidar as pessoas a dançarem. “A ideia e o desejo é multiplicar a dança. Resolvi chamar esse vídeo de ‘dancealizer’. A ideia é simples, mas foi muito legal propor essa intervenção num espaço público como a Praça Roosevelt e perceber que, apesar dos nossos medos e inseguranças, as pessoas querem fazer parte, querem ajudar e dançar junto”, finaliza Tai Veroto.

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