Em celebração ao Dia Mundial da Diversidade Cultural, Marcelo Fedrá lança clipe de “Dúvida Acesa”
A diversidade cultural é um exercício de cidadania e respeito em prol dos direitos humanos. É herança comum da humanidade. Essas premissas norteiam “Dúvida Acesa”, single do cantor e compositor Marcelo Fedrá, que ganha clipe, segundo da sua carreira. Disponível no Youtube e nas redes sociais do artista a partir de 19 de maio, sexta-feira, a novidade chega em celebração ao Dia Mundial da Diversidade Cultural, 21 de maio. A canção, composição do próprio em parceria com Mauro Aguiar, integra “Gravidades”, o seu primeiro álbum solo.
Instituído em 2002 pelas Nações Unidas, o Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento deu sequência à adoção da Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural da UNESCO, em 2001, que reconhece a diversidade cultural como “tão necessária para a humanidade como a biodiversidade para a natureza”.
"Quem souber que rumo tomar
Que guarde para si
Não há um rumo só
Vendo o mundo imenso ao redor"
(Trecho de “Dúvida Acesa”)
- De uma sociedade acelerada, sufocada por suas próprias invenções, deprimida por excessos de ofertas, demandas, obviedades e obrigações, se agiganta quem olha, de forma gentil e generosa, o imponderável. Quem percebe a beleza da vida provida inalteravelmente do ineditismo e das incalculáveis possibilidades do novo. E esse é o fino sublinhamento de Mauro Aguiar, autor da letra da canção - descreve Fedrá.
Para o clipe, Fedrá - que, além de cantor e compositor, é cinematografista - se valeu de centenas de imagens de diferentes partes do mundo para a composição lírica e imagética do tema. Uma colagem de cenários diversos apontando objetivamente para tantas formas e moldes de ser, culturas e traços de ter, editada e costurada pelo próprio artista.
- Eu já estudava a possibilidade de me valer desse acervo, mas estava seguro de que deveria fazer quando encontrasse a condição mais oportuna. E, ao pensar na confecção do clipe de Dúvida Acesa, não me restou dúvida de que era chegada a hora. Tendo em vista a abrangência que percorre toda poesia do Mauro nessa canção, tinha sim que ser um clipe feito para todos e por todos - conta.
Para conferir o clipe, acesse https://www.youtube.com/@MarceloFedra e @marcelofedra
Gravidades
A experiência da paternidade é um elemento fundamental em “Gravidades”, primeiro álbum solo de Fedrá, lançado após três projetos coletivos: “Mundo Grande”, de 2012, “Ás, Nove”, de 2016, e “O Bem do Tempo”, de 2018. No seu trabalho inaugural, o cantor e compositor apresenta reflexões sobre as questões existenciais que acompanham os diferentes cenários da vida. Com melodias que propiciam uma imersão intuitiva, ele cria um eixo central capaz de alinhar todo repertório, que começou a ser desenvolvido no final de 2014, pouco antes de saber que seria pai.
– A partir dessa experiência, percebi que a ideia simbólica em torno da palavra ‘gravidade’, que remete ao macro, serviu precisamente para remeter o micro quando percebi na minha filha, no feto, meu principal eixo centralizador. Corrobora a ideia de que íntimo e externo, micro e macro são facetas mais próximas do que parecem – reflete.
O álbum apresenta nove faixas que ganharam notoriedade nas vozes de diversos intérpretes, como “Sem Palavra”, vencedora do festival “TOCA > Toda Canção”, prêmio que rendeu um dueto com o cantor e compositor Pedro Luís. Das 9 faixas do disco, 8 já foram impressas pelas vozes de intérpretes da sua geração. Além disso, conta com nomes de peso da cena musical. Elísio Freitas é o diretor musical e toca guitarra em todas as faixas com André Vasconcellos no baixo, Lucio Vieira na bateria, Bernardo Aguiar na percussão e Yuri Villar na flauta e no saxofone. O repertório compreende apenas canções em parceria e reúne os autores Renato Frazão, Thiago Amud, Demarca, Thiago Thiago de Mello e Mauro Aguiar. A galeria de participações especiais é composta pelos talentos de Cesar Lacerda, Pedro Sá Morais e Juliana Linhares, Ilessi, Marcela Mangabeira, Luisa Lacerda, Pedro Ivo Frota, Thiago Thiago de Mello e Renato Frazão.
Início no mundo do samba e faceta cinematográfica
A trajetória artística de Fedrá vem sendo construída há mais de duas décadas. Carioca, começou a tocar violão de forma intuitiva aos 16 anos e já aos 17 tocava na noite, em grupos de pagode e samba. Conviveu com esse universo de forma intensa e definitiva, dividindo o palco com figuras importantes como Jamelão e Neguinho da Beija-Flor. Na universidade, teve um contato definitivo e transformador com a MPB, a música erudita e aqueles que seriam seus principais parceiros musicais, estabelecendo-o como poeta e compositor.
Além de ser autor de todas as canções dos seus quatro projetos autorais, colabora ativamente na consolidação da obra de diversos intérpretes com dezenas de suas canções gravadas, sendo algumas títulos de álbuns, como “Flor”, de Daíra Saboia, “Paisagem Invisível”, de Deya Mota, e “Mundo Afora: Meada”, de Ilessi. Convidado a compor para o projeto “Músicas Para Saudar Jorge Amado”, da Orquestra Revelia, foi tema da revista “Sala 126”, da editora Multifoco, publicação que compreendeu entrevista, biografia e um CD gravado ao vivo.
Foi gravado por uma galeria extensa de artistas, como Ilessi, Pietá, Dorina, Nelson Angelo e Novelli, Muato, Aline Paes, Paula Santoro entre outros, e parcerias marcantes com Pedro Luís, Maurício Detoni, Marília Schanuel, Demarca, Raquel Reis e Diogo Tomás. Multifacetado, atua também na cinematografia com a sua produtora, a EFEDRA, que já realizou mais de 500 produções desde 2013.
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