Marina Melo se une à Julia Branco em convite para desfazer males do mundo

O ato de desfazer ações num arquivo é talvez o mais popular dos comandos digitais, facilidade que não se traduz na vida real. No mundo das canções de Marina Melo, nome promissor na cena paulistana contemporânea, Control Z se revela como um desejo, mas não para o mundo virtual. Na música, que chegou sexta-feira dia 13 de janeiro a todas as plataformas com participação de Julia Branco, as artistas cantam a vontade de desfazer erros que nos levaram ao fim. A produção musical é de Naná Rizzini, e o lançamento acontece pela dobra discos, com distribuição da Tratore.

Divulgação / Laís Aranha e Rafael Sandim

Em Control Z, música de sonoridade indie-pop, os timbres construídos por Naná Rizzini surgem elegantes enquanto a letra revela poética catastrófica, num caminho que nos leva a uma melancolia pop. Os versos de lamento escritos por Marina Melo, e cantados por ela e por Julia Branco, partem essencialmente de dois memes: "para o mundo que eu quero descer" e "vem, mateoro", populares nas redes sociais. Na letra, Marina Melo lança um olhar que sintetiza poética e graça ao revelar que os pedidos infelizmente se concretizaram, mas afirma seu desejo de dar Control Z nos feitos que nos levaram a esse ponto.

 

"Essa música fala de um grande desejo de que o mundo fosse muito diferente do que é neste momento", comenta a artista.


A música é parte do terceiro EP da carreira da artista, projeto que encerra uma trilogia construída pela artista nos últimos anos, e que se consolida neste primeiro trimestre. A música sucede o lançamento de "Live do fim do mundo", single lançado em novembro de 2022. Em 2020, "o mundo acabou mas continua girando" foi o EP que abriu o projeto. Em 2022, "Canções de amor para itens descartáveis" deu sequência à trilogia, que se encerra agora nos primeiros meses de 2023.

 

Capa do single.

O fim é assunto popular nas composições de Marina, uma espécie de linguagem que a artista consolidou nos últimos anos. O tema se revela no discurso, com um humor refinado, às vezes leve, às vezes ácido, para falar de questões contemporâneas, mas também na sonoridade que Marina vem construindo com diversos pares, em especial com Naná Rizzini nos mais recentes lançamentos, com timbres densos, frenéticos e também, tal qual as letras, bem humorados.

 


O novo EP de Marina Melo conta ainda com uma terceira composição, que chega no fim de janeiro. O trabalho marca a estreia de colaborações na obra da artista,  com participações inéditas nas músicas.

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